Conteúdo atualizado em2024/06/2820:37
ARU de Senhora da Hora
Aprovada por Deliberação da Assembleia Municipal de Matosinhos, em sessão realizada em 13 de setembro de 2021,, publicada no Diário da República, II Série, n.º 205, de 21 de outubro de 2021, sob o AVISO N. 19857/2021.
A área proposta para a ARU Senhora da Hora localiza-se na União das Freguesias de São Mamede de Infesta e Senhora da Hora, mais concretamente na antiga Freguesia da Senhora da Hora. Atribui-se-lhe a tipologia de “Zona Urbana Degradada”, face a um cadastro de dimensões próprias ao uso habitacional, e à existência de um conjunto de Malhas e Eixos Urbanos, Núcleos e Lugares com valor histórico e patrimonial, em mau estado de conservação, a necessitar de intervenção urbana. Abrange aproximadamente 74 hectares, compreende 62 vias, entre avenidas, pracetas, ruas, travessas e vielas, e 1133 lotes, cuja grande maioria, com uso habitacional, se encontra edificada.
A delimitação estende-se maioritariamente ao longo de dois eixos, concentrada e agarrada à Linha de Metro, e ao longo das vias Rua Passos Manuel, Rua Costa Fontes, Rua da Lagoa, Rua da Estação Velha e Rua de S. Gens, delimitada a norte pela Rua Cândido dos Reis e a sul pela Rua do Carriçal/Rua Lagos com a Avenida Manuel Pinto de Azevedo. Integra-se na Unidade Operativa de Planeamento e Gestão 5, UOPG5 - Cidade Nova. Cre-se que nesta área se concentra a parte mais antiga da cidade da Senhora da Hora e sobretudo a que está a necessitar mais de intervenção de reabilitação no edificado. Estes eixos correspondem a antigos assentamentos, ao longo do tempo melhorados e modernizados, mantendo contudo o seu traçado original. As áreas adjacentes correspondem a zonas de ocupação eminentemente urbana, de média densidade, com tipoligia residencial unifamiliar predominante, de frente contínua consolidada ou em consolidação, com construções localizadas, na sua maioria, à face dos arruamentos, e que decorrem de processos de urbanização das vias de ligação ancestrais, do crescimento orgânico dos núcleos urbanos originais e de áreas de expansão urbanisticamente planeadas. Trata-se de uma zona urbana, caraterizada pela existência de um elevado número de lotes habitacionais, de baixa volumetria (da totalidade dos 1133 lotes, 891 são construções térreas ou r/c+1), maioritariamente ocupados ou parcialmente ocupados (da totalidade dos 1133 lotes, 1029) e 89 devolutos. De realçar que destes, 246 se encontram em péssimo e mau estado de conservação, a necessitar de obras de reabilitação. Com efeito, esta-se perante uma área com forte cariz urbano, que convive com um património histórico e arquitetónico a relevar, designadamente: Quinta de S. Gens, Quinta de Lavadores, Fábrica de Moagem da Senhora da Hora, Palacete dos Plácidos, Casa Etelvina, Casa das Máquinas e Chaminé da EFANOR, Estação de Caminhos de Ferro da Senhora da Hora, Fonte das Sete Bicas, Oratório da Rua do Senhor, Casa dos Symington, Casas do Arquiteto Rolando Torgo e Casa Ferreira da Costa, em proposta ou em processo de classificação como Monomentos ou Conjuntos de Interesse Municipal. Acrescem ainda, áreas de Salvaguarda do Património Arquitetónico, que identificam Malhas e Eixos Urbanos, Núcleos e Lugares, a preservar na área aqui em apreço.
Documentos
Proposta de Delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Senhora da Hora