Souto Moura (Porto, 1952) integra o núcleo de arquitetos da “Escola do Porto”. A sua carreira tem uma projeção internacional, e, como tal, tem sido frequentemente requerido para lecionar em algumas das mais conceituadas escolas de arquitetura do mundo.
A sua obra em Matosinhos tem contribuído decisivamente para o novo rosto da cidade, ao rasgar a sua entrada mais nobre – Marginal de Matosinhos e ao traçar, em conjunto com Alcino Soutinho, a integração do Metro de Superfície no Concelho. Trata-se de duas obras que aliam a modernidade à urbanidade e funcionalidade necessárias a qualquer metrópole.
Por um lado, a marginal que transfigurou o espaço de proximidade com o mar, num ponto de encontro entre cidadãos, num espaço de lazer e de pura fruição e por outro o Metro, numa verdadeira obra de planeamento e renovação urbana que alterou vias, criou novos circuitos e serve a população, com qualidade estética e funcional.
Souto Moura tem também a sua marca nas emblemáticas “Casas Pátio” (1999), que se encontram perfeitamente dissimuladas e adaptadas ao espaço, sendo praticamente impercetível a sua presença ao olhar menos atento.