As Bibliotecas Públicas foram constituídas e regulamentadas no primeiro quarto de século XIX.
Em Junho de 1896 foi assim constituída a Biblioteca Popular de Bouças, debaixo da administração da Junta de Freguesia. Abriu ao público em Outubro do mesmo ano com o livro de termo de empréstimo, que o leitor requisitante tinha que preencher, declarando que se responsabiliza pela devolução da obra nos prazos legais e que se houvesse deterioração ou “descaminho” de algum volume teria que pagar o seu valor, ou então, sujeitar-se a execução como devedor à Fazenda Nacional.
Em Abril de 1911 a Biblioteca passou a designar-se Biblioteca Popular de Matosinhos.
Em plena 1.ª Grande Guerra fechou, tendo reaberto em 1919, ainda sob a responsabilidade da Junta de Freguesia de Matosinhos.
Em 1920 fechou, tendo funcionado de forma intermitente até 1942, atura em que reabre em sequência de uma proposta camarária de 29 de Dezembro de 1938, na rua Brito Capelo, no próprio edifício da Câmara, encerrando ao fim de quatro anos. Em 14 de Julho de 1952, e depois de um período de encerramento, passou para o edifício onde hoje funciona a Escola de Comércio de Matosinhos, na mesma rua, onde se manteve durante 25 anos. Durante quase todo esse tempo foi dirigida pelo Sr. Abílio Augusto Ferreira da Costa Brochado. A partir de 1975, passa a ter no seu quadro de pessoal um bibliotecário especializado, o Dr. António de Jesus Gomes.
Em Dezembro de 1987, passa a integrar a Rede Nacional de Leitura Pública, e começa a funcionar no Palacete do Visconde de Trevões.
Com o evoluir dos tempos, o nome atribuído à Biblioteca de Matosinhos foi sendo alterado, designadamente: Biblioteca Popular de Bouças (1896), Biblioteca Municipal de Matosinhos (1942) e Biblioteca Municipal Florbela Espanca (1990), em homenagem a uma das maiores poetisas portuguesas de sempre, que viveu os últimos anos de vida em Matosinhos.
Em 2005 transfere-se para um novo edifício no “Centro Cultural de Matosinhos”.