Muitos dos habitantes do concelho de Matosinhos moram hoje onde antes havia vãos de fábricas. A esses lugares amplos chegavam toneladas de peixe, que seguiam para o mundo inteiro em latas de conserva. Quais os vínculos históricos e geográficos entre os pescadores, as operárias, os consumidores e os atuais moradores? Há uma rede invisível que junta os lugares e as pessoas de Matosinhos às exposições universais de Paris no Séc. XIX, aos soldados desconhecidos da primeira e segunda guerras mundiais, aos náufragos da pesca da sardinha, aos brinquedos de folha de lata da Pepe, às greves dos anos 1970, e às histórias de família. Que sina é essa? A partir da memória das fábricas e da arqueologia industrial de Matosinhos, contaremos em palco a história do longo Séc. XX português — ou pelo menos de partes dele. Em cena, quatro mulheres desfiarão o seu rosário de contas, as gerações sucedendo-se umas às outras entre 1870 e 2020, mais ou menos. Citando depoimentos recolhidos junto das antigas e atuais operárias, abarcando uma parte dos 150 e tal anos da indústria de conservas na cidade, serão reconstituídas a sorte e a sina destas pessoas.
Encenação - Jorge Louraço Figueira
Texto - Jorge Louraço Figueira e Diogo S. Figueira
Assistência de encenação - Micaela Soares
Interpretação - Flora Miranda, Gracinda Nave, Isabel Carvalho, Romi Soares, Maxim Puga e Rúben Pérola
Direção musical - Carl Minnemann
Canções - João Loio
Cenografia e adereços - Bruno Neto
Figurinos - Helena Guerreiro
Desenho de luz - Bruno Santos
Desenho de som - Filipe Gonçalves
Vídeo - Miguel Miranda
Produção - Sofia Carvalho
Comunicação - Joana de Belém
Agradecimentos:
Nuno Neves
Sofia Saldanha
Telmo Magalhães
José António
Bruno Pinto
Local de apresentação: Cineteatro Constantino Nery - Teatro Municipal de Matosinhos
Datas: 15 a 18 de setembro; 5ª a sábado às 21h30, domingo às 16h00
