Início da década de setenta – torna-se evidente que o edifício dos Paços do Concelho na Rua Brito Capelo, de autoria dos Arquitetos David Moreira da Silva e Maria José Marques Silva, embora concebido e construído para o efeito desejado, já não corresponde às necessidades. O explosivo desenvolvimento concelhio e o aumento substancial de funcionários para corresponder às crescentes necessidades, tornaram diminutas as dimensões daquele edifício, provocando compartimentações e desarticulações nos vários Serviços.
27 de maio 1971 – a Câmara delibera abrir concurso para elaboração de estudo de um novo edifício dos Paços do Concelho de Matosinhos, a construir no terreno onde existe o Palacete de Trevões, junto à Avenida D. Afonso Henriques.
30 de junho 1971 – é publicado o anúncio do concurso no “Diário do Governo, nº 152 (III Série), e dada publicidade na imprensa local e nacional.
6 de julho 1971 – o Sindicato Nacional de Arquitetos (Secção Regional do Norte) põe determinadas reservas ao Programa do Concurso, uma vez que as suas bases não merecem total acordo daquela entidade. No ofício enviado à Câmara indicam não admitir, no concurso, os seus associados.
8 de julho 1971 – face à posição do Sindicato Nacional de Arquitetos, a Câmara Municipal delibera anular o concurso. Cala-se num impasse que duraria diversos anos.
1979 – é encarada novamente a necessidade da construção de um novo edifício dos Paços do Concelho. Ao programa elaborado em 1971 são introduzidas algumas reformulações.
16 de novembro 1979 – Por iniciativa do seu Presidente, Mário Maia, a Câmara delibera aprovar o novo programa de concurso. Os concorrentes deverão considerar o terreno disponível propriedade do Município. O programa não os isenta, todavia, da apresentação de um estudo esquemático de aproveitamento dos terrenos envolventes, para futuras ampliações do Edifício dos Paços do Concelho ou para instalação de outras atividades, nomeadamente de carácter social e cultural.
21 de maio 1980 – Por proposta do Presidente da Câmara Municipal, Narciso Miranda, a Câmara delibera por unanimidade a constituição do júri para a apreciação dos trabalhos a apresentar.
11,16, 20 e 26 de julho 1980 – Sob a presidência de Narciso Miranda, reúne-se o Júri para apreciar os vinte e seis trabalhos concorrentes.
O processo de seleção foi feito em diversas etapas. Inicialmente, foram escolhidos dez trabalhos, dos quais, posteriormente, se selecionaram nove. A estes, foi feita uma exaustiva análise, de forma a apurar os quatro primeiros trabalhos classificados.
Desses quatro, e por unanimidade do Júri, foram escolhidos os dois destinados aos primeiros lugares.
Procedeu-se em seguida à votação para atribuição do primeiro prémio, tendo-se obtidos um empate a cinco votos para cada trabalho.
Face à necessidade de desempatar esta situação, e porque nenhum elemento do Júri respondeu claramente à questão de se considerar algum dos projectos nitidamente superior, iniciou-se longo período de discussão. Começou então a esboçar-se alguma preferência pelo projecto que mantinha o edifício do Visconde de Trevões, face ao outro que não contemplava a sua salvaguarda. Foi esta a razão fundamental que levou o Presidente do Júri, Narciso Miranda, a usar do seu voto de qualidade.
Abertos os subscritos para identificação dos concorrentes, verifica-se que o primeiro prémio foi para o projecto dos arquitetos Alcino Peixoto de Cabral Soutinho, Manuel Pimenta Neves Casal e José Alberto de Valverde Miranda.
O processo de seleção foi feito em diversas etapas. Inicialmente, foram escolhidos dez trabalhos, dos quais, posteriormente, se selecionaram nove. A estes, foi feita uma exaustiva análise, de forma a apurar os quatro primeiros trabalhos classificados.
Desses quatro, e por unanimidade do Júri, foram escolhidos os dois destinados aos primeiros lugares.
Procedeu-se em seguida à votação para atribuição do primeiro prémio, tendo-se obtidos um empate a cinco votos para cada trabalho.
Face à necessidade de desempatar esta situação, e porque nenhum elemento do Júri respondeu claramente à questão de se considerar algum dos projectos nitidamente superior, iniciou-se longo período de discussão. Começou então a esboçar-se alguma preferência pelo projecto que mantinha o edifício do Visconde de Trevões, face ao outro que não contemplava a sua salvaguarda. Foi esta a razão fundamental que levou o Presidente do Júri, Narciso Miranda, a usar do seu voto de qualidade.
Abertos os subscritos para identificação dos concorrentes, verifica-se que o primeiro prémio foi para o projecto dos arquitetos Alcino Peixoto de Cabral Soutinho, Manuel Pimenta Neves Casal e José Alberto de Valverde Miranda.
28 de janeiro 1981 – na sequência da classificação do concurso, a Câmara Municipal delibera aprovar a minuta do contrato para elaboração do Projeto do Novo Edifício dos Paços do Concelho , com o representante dos autores do trabalho classificado em primeiro lugar, Arquiteto Alcino Soutinho.
14 de julho 1982 – em reunião da Câmara é deliberada a adjudicação à firma “Construções Técnicas, S.A.R.L.” da primeira fase da construção do edifício.
25 de junho 1985 – em reunião da Câmara é deliberada a adjudicação à firma Engil – Sociedade de Construção Civil, S.A.R.L.” da segunda fase da construção do edifício.
1987 – é deliberado proceder a um investimento no edifício pré-existente no local, conhecido por Palacete de Trevões, para a sua adaptação a Biblioteca. Mantém-se, no entanto, a sua traça exterior.
11 e 25 de fevereiro 1987 – por deliberações tomadas em reuniões de Câmara, um mural de azulejos da autoria do Pintor Júlio Resende, no interior, e um motivo escultórico na fachada voltada ao Parque Basílio Teles, da autoria do Escultor João Cutileiro, deverão valorizar o edifício.
7 de outubro 1987 – é entregue o projeto de mobiliário e decoração ao Arquiteto Alcino Soutinho.
8 de dezembro 1987 – com a presença de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, Dr. Mário Soares, o Senhor Ministro do Planeamento e Administração do Território, Prof. Valente de Oliveira, o Senhor Presidente da Assembleia Municipal, Dr. Soares de Oliveira, e o Senhor Presidente da Câmara, Narciso Miranda, é inaugurado o novo Edifício dos Paços do Concelho de Matosinhos.
Conteúdo atualizado em2024/06/2818:56