A Esquizofrenia trata-se de uma psicose na qual existe uma alteração de comportamento por perda de contacto com a realidade e que se traduz na relação com os outros.
Os sinais e sintomas da Esquizofrenia podem variar, mas geralmente envolvem delírios, alucinações ou discurso desorganizado e refletem uma capacidade diminuída de funcionamento cognitivo e motor geral. Delírios são falsas crenças (que não são baseadas na realidade). Por exemplo, sentir-se perseguido sem qualquer motivo evidente, ou acreditar que outros leem a sua mente. Alucinações, geralmente, envolvem ver ou ouvir coisas que não existem. No entanto, para a pessoa com esquizofrenia, estas alucinações são extremamente reais e têm toda a força e impacto de uma experiência normal. As alucinações podem afetar qualquer sentido, contudo, ouvir vozes é a mais comum. Por outro lado, ao contrário do senso comum, as alucinações visuais (ver coisas) são muito raras em pessoas com esquizofrenia. O pensamento desorganizado é inferido a partir do discurso, isto é, a comunicação eficaz pode ser prejudicada e as respostas às perguntas podem ser incoerentes, pouco lógicas, ou passam de um tópico para outro sem qualquer relação entre eles. Podem ainda utilizar palavras inventadas por si.
Os sinais e sintomas da Esquizofrenia podem variar em tipo e gravidade ao longo do tempo, com períodos onde agravam (surtos) e outros onde existe uma remissão dos mesmos. Contudo, alguns deles podem estar sempre presentes.
Esquizofrenia não significa personalidade dividida ou personalidade múltipla. A maioria das pessoas com esquizofrenia não é mais perigosa do que a população em geral. No entanto, todas as pessoas com suspeitas de alguma doença mental devem ser encaminhadas para psiquiatria de modo a efetuar um diagnóstico atempado e respetiva intervenção.
Esta patologia afeta homens e mulheres de igual forma, podendo ter um início mais precoce no sexo masculino.
Apesar de se tratar de uma doença crónica, o tratamento adequado a longo prazo permite que as pessoas com esquizofrenia tenham uma vida funcional e com maior qualidade.
Existe dificuldade no reconhecimento da doença por parte da pessoa. Este é um dos principais fatores que leva ao adiamento do tratamento, tendo os familiares e amigos um papel fundamental quer no apoio no pedido de ajuda para diagnóstico quer na promoção da continuidade da intervenção.