Perna de pau, olho de vidro e cara de mau: vem aí um fim-de-semana de grandes piratarias
De 8 a 10 de julho, a reconstituição histórica “Os Piratas” devolve as imediações do Forte de Leça da Palmeira ao tempo dos corsários
Aí vem o pirata da perna de pau, olho de vidro e cara de mau. Quem ainda recorde com saudade a cantilena antiga, ou as façanhas corsárias do Barba Ruiva, do Sandokan ou do Capitão Gancho, vai ter mais um fim-de-semana em cheio em Leça da Palmeira. No fim-de-semana de 8, 9 e 10 de julho regressa às imediações do Forte de Nossa Senhora das Neves a recriação histórica “Os Piratas”, que promete devolver o local ao tempo em que flibusteiros de diversas procedências impunham a sua lei nas praias e nas povoações costeiras do concelho de Matosinhos.
Largos milhares de pessoas são esperados naquela que é uma das maiores recriações históricas de Matosinhos, onde, mais uma vez, não faltarão motivos de diversão ou tabernas para petiscar ou cantar as épicas cantigas corsárias sobre garrafas de rum e outras libações lendárias. O evento, promovido pela Câmara Municipal de Matosinhos, devolverá a zona em redor do forte de Leça da Palmeira ao século XVI, transformando-a num cenário de acrobacias, duelos, zaragatas e expiações. Não faltarão os piratas façanhudos e as donzelas da corte, nem as atividades dedicadas aos mais pequenos, que poderão, por exemplo, transformar-se em terríveis mini-piratas e em verdadeiros terrores dos mares (deixando os bibelôs de casa livres de perigo ao menos por algumas horas).
Matosinhos é, afinal, terra de muitas histórias de corsários, conforme testemunham os restos dos naufrágios que o fundo do mar ainda guarda. O pirata Sá das Galés, por exemplo, teve um papel decisivo no triunfo do Mestre de Avis sobre os castelhanos e tornou-se capitão donatário destas terras. E o areal hoje conhecido como Praia da Memória foi, outrora, a Praia dos Piratas. Trata-se apenas de fazer o tempo voltar para trás e de transformar esta memória numa grande festa. Outra vez.
