A 2 de abril de 1996, após uma meticulosa operação de restauro do palacete de Leça da Palmeira projetado pelo arquiteto veneziano Nicola Bigaglia, o Museu da Quinta de Santiago abriu as portas pela primeira vez. Duas décadas volvidas, o aniversário deste espaço museológico será assinalado com a inauguração, no próximo dia 2 de abril, da exposição “20 Anos do Museu”, na qual coincidirão os aspetos documentais relacionados com a história do edifício (que cumpre 120 anos em 2016) e os tesouros artísticos do acervo da Câmara Municipal de Matosinhos.
A exposição, que ficará patente até 29 de maio, apresentará alguns documentos raros e inéditos relacionados com a história da Casa de Santiago: desenhos, esboços originais, plantas, memórias e cartas, incluindo os projeto de construção e de restauro, este último da responsabilidade do arquiteto Fernando Távora e de técnicas municipais. No primeiro piso haverá ainda uma secção dedicada aos Serviços Educativos que, desde 2005, se estabeleceram como presença fixa no Museu da Quinta de Santiago e que têm vindo a contribuir para o desenvolvimento cultural e para a formação de públicos, estimulando o gosto, a crítica e um maior conhecimento das expressões artísticas.
No segundo piso apresentar-se-á um conjunto de obras selecionadas entre o acervo de arte da autarquia, representando duas dezenas de artistas consagrados, entre os quais se contam John Sargent, Artur Loureiro, Marques de Oliveira, Soares dos Reis, António Carneiro, Agostinho Salgado, Augusto Gomes, Manuel d’Assumpção, Júlio Resende, José Rodrigues, Siza Vieira e Francisco Laranjo. No primeiro núcleo estarão expostas peças incorporadas antes da abertura do museu e, no segundo, obras adquiridas a partir de 1996. Esta seleção permitirá estabelecer um itinerário artístico desde finais de 1800 até à atualidade, numa viagem da arte moderna às mais recentes expressões da arte contemporânea.
O Museu da Quinta de Santiago integra, desde 2003, a Rede Portuguesa de Museus criada pelo Ministério da Cultura, sendo um dos espaços museológicos fundadores da MuMa – Rede de Museus de Matosinhos. Desde 2005 o museu é também membro do ICOM – International Councils of Museums. Nestas duas décadas, o museu municipal matosinhense albergou dezenas de exposições, com obras de centenas de artistas, tendo-se transformado num dos principais espaços culturais do Grande Porto. É visitado anualmente por mais de dez mil pessoas, acolhendo igualmente inúmeros eventos e manifestações culturais.
