Até ao final do ano serão 1500 os aparelhos produzidos em Matosinhos
Ao fim de apenas 45 dias, estão prontos a entrar em funcionamento os primeiros 100 ventiladores produzidos pelo CEiiA - Centro de Engenharia para o Desenvolvimento de Produto, sedeado em Matosinhos, no âmbito do combate à pandemia por COVID 19.
A produção dos ventiladores Atena envolveu, além do CEiiA, a Escola de Medicina da Universidade do Minho e contou com a colaboração de instituições médicas, a indústria e especialistas de diversas áreas, incluindo intensivistas, pneumologistas, anestesistas e internistas de hospitais públicos e privados.
Depois de duas rondas de ensaios pré-clínicos, a 1ª fase do desenvolvimento e produção do Ventilador Atena está, assim, concluída, iniciando-se agora a 2.ª fase do projeto, com a produção de mais 400 unidades de ventilação até junho e a internacionalização do projeto.
Em fase de conceção e desenvolvimento está já uma segunda versão do ventilador. O protótipo deverá estar pronto até final de maio. Estima-se que 200 unidades sejam produzidas até final de setembro.
No final do ano, estima-se que o CEiiA produza um total de 1500 ventiladores.
Graças a mecenas privados e ao contributo de 96 mil dadores individuais que participaram num sistema de “crowdfunding”, foi possível angariar 1,2 milhões de euros para a produção de ventiladores. Também a Agência Nacional para a Inovação manifestou a intenção de apoiar este projeto com 2,6 milhões de euros.
Esta manhã, na cerimónia que assinalou a conclusão da 1ª fase do projeto, o primeiro-ministro, António Costa, salientou que Portugal não pode estar dependente do estrangeiro e de um mercado “completamente desregulado e selvagem”, justificando a necessidade de reforçar as capacidades de produção. “Desta crise, nós temos de sair com uma lição muito bem aprendida. Nós temos de reforçar as capacidades nacionais de produção e temos engenharia para isso, temos indústria para isso, temos competências profissionais para isso e, portanto, podemos ser autónomos”, disse António Costa.
O primeiro-ministro lembrou que “o CEiiA não é uma fábrica” e o facto de ter conseguido, num prazo de 45 dias, fabricar e produzir 100 ventiladores Atena, é um sinal de que, “em todos os momentos de exceção, os portugueses são completamente excecionais”.
António Costa entende agora que o próximo passo é “libertar esta tecnologia, este 'know-how' para a indústria nacional poder passar a produzir em larga escala, para as necessidades nacionais, mas também para as necessidades globais”.
A cerimónia de apresentação dos ventiladores Atena contou ainda com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, e da presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro.
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