Peça do brasileiro Ricardo Inhan apresentada em mais uma edição deste projeto é um retrato da chamada geração Y
Três adolescentes entupidos de fast food e de jogos electrónicos, tratam as pessoas de forma seca, tola e distante. O retrato é genérico, mas constitui o ponto de partida da peça teatral “Enquanto o Cheeseburguer não vem”, o texto do brasileiro Ricardo Inham que serviu de mote para mais uma sessão do “Salvé a Língua de Camões”, a quinta leitura da 15º edição, e que decorreu na passada quinta-feira no Museu da Quinta de Santiago.
A peça que esteve em destaque é um retrato cínico, cómico, trágico e político da falta de perspetivas da chamada geração Y, dando a conhecer um jovem valor da dramaturgia brasileira, já distinguido com o prémio para o melhor texto original no Festival Água de Março (São Paulo, Brasil), mas também com os galardões de melhor realização e argumento pela curta-metragem “Dois Palhaços Castos Num Circo de Copos”, na Mostra 14 Bis de Vídeo.
Com direção de William Gavião, “Enquanto o Cheeseburguer não vem” teve a interpretação de Angela Mattos, Diogo Moreno, Duarte Moreno , Raquel Araújo e William Gavião.
Promovido pela Câmara Municipal de Matosinhos, em parceria com a Companhia de Teatro Reactor, o projeto “Salvé a Língua de Camões” visa a defesa e difusão da Língua Portuguesa, através de leituras dramatizadas de autores e poetas novos e consagrados da literatura portuguesa e lusófona.
A próxima leitura do “Salvé a Língua de Camões” está agendada para o dia 25 julho. O português Fernando Giestas é o autor a conhecer, com o texto Os Lugares de Onde Vemos Sentados.
Fernando Giestas nasceu em Espinho, em 1978. Jornalista para sempre, dramaturgo, co-fundador, com Rafaela Santos, da companhia de teatro Amarelo Silvestre. Ator de brincar, formador de Expressão Escrita, é artista associado do Teatro Viriato desde 2013. Atualmente desenvolve a dramaturgia Engolir Sapos, reflexão artística em forma de espetáculo de teatro, sobre preconceito, sapos de loiça e ciganos - Criação Amarelo Silvestre, co-produção Teatro Viriato, Teatro Municipal do Porto e Centro de Arte de Ovar, com estreia em Março de 2019.
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