Nasceu entre Moreira da Maia e Leça da Palmeira a 13 de fevereiro de 1809. Foi muito conhecida e considerada romancista e poetisa, mas as suas numerosas composições, que lhe granjearam repetidos aplausos e louvores de juízes autorizados, existem disseminadas em vários jornais literários e políticos, que desde 1842 começaram a tê-la como colaboradora, tais como o Archivo Popular, Restauração da Carta, Revista Universal Lisbonense, Iris, do Rio de Janeiro; Aurora, Pirata, Braz Tisana, Lidador, Pobres, do Porto, etc. Alguns dos romances publicados nessas folhas têm a assinatura de Uma obscura Portuense, outros a de Mariposa, muitos com o nome completo, ou com as iniciais D. M. P. Em publicação separada, em 1859: Retalho do Mundo, romance dedicado a António Feliciano de Castilho, o qual se compõe de 58 capítulos, que são os desenvolvimentos de outros tantos rifões, adágios e anexins populares, que lhe servem de títulos. Na Revista Universal saiu as Superstições do Minho, de que se tentou fazer uma coleção separada, com uma introdução ou advertência preliminar pelo referido poeta Castilho, mas ficou interrompida logo na 1.ª folha, por causa das lutas políticas de 1846, e nunca mais continuou. Publicou em 1863, em Lisboa, o romance Rhadamanto ou a Mana do Conde; seguido do Roberto ou a Força da Sympathia; esta edição foi feita a expensas da sociedade Madrépora, do Rio de Janeiro, que estava então florescente e se destinava a proteger as publicações literárias e os escritores portugueses. Escreveu, também, algumas notas para a versão dos Fastos de Ovídio por A. F. de Castilho, nos tomos I, II e III. Na Gazeta de Portugal, de 1843, uma narrativa sob o título Um Romance de Thomaz da Gandara. Na Revista Contemporanea de Portugal e Brazil, tomo III, setembro, de pág. 273 a 312, vem publicada uma biografia desta ilustre escritora e poetisa, escrita pelo já citado escritor e poeta António Feliciano de Castilho.