Primeiro-ministro na reabertura da Oficina da CP em Guifões
“Aprendemos com os erros do passado. A ferrovia está no centro das nossas prioridades”, garantiu hoje o Primeiro-ministro, na reabertura da Oficina da CP de Guifões.
Nas palavras de António Costa, “provámos que o combate às alterações climáticas é uma oportunidade para alavancar o crescimento económico do país”.
Recorde-se que a reparação de composições da CP foi desativada em 2012, mantendo-se apenas a manutenção de composições da Metro do Porto.
A falta de material circulante tornou-se uma necessidade prioritária, levando o Governo a encomendar 22 novas composições, que deverão chegar apenas em 2023. Cada uma tem um custo a rondar os 700 mil euros.
Assim, para colmatar esta necessidade, a Oficina de Guifões tem agora a seu cargo a recuperação de comboios abandonados. Em apenas um mês e meio, foram recuperadas duas carruagens. O valor da reparação ficou por cerca de 80 mil euros cada.
Ao recuperar na Oficina de Guifões o material circulante abandonado, será possível reduzir significativamente a importação de serviços.
Até ao final de 2021, está prevista a criação de 140 novos postos de trabalho, dos quais 90 dizem respeito a trabalho especializado.
“A CP acompanha o desenvolvimento do país. Foi um instrumento de coesão territorial. Foi e continuará a ser. Queremos também que seja um instrumento de produção de riqueza em Portugal”, explicou o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
Além da oficina, será instalado em Guifões o Centro Tecnológico para a Ferrovia, com parceiros internacionais, que acolherá um centro de formação, uma incubadora de empresas e um centro tecnológico. “Queremos uma CP mais eficaz, sustentável e tecnologicamente avançada”, salientou o presidente da CP, Nuno Freitas.
A Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos admitiu, ser “um orgulho, enquanto autarca, assistir a este momento”. “Este é um projeto importantíssimo para o município e para o país. Estamos a assistir ao momento de inversão na estratégia nacional das políticas dos transportes. Na década de 80, tínhamos oito mil comboios. 20 anos depois, são cerca de cinco mil. Não foi sempre assim. Se queremos atingir os objetivos de neutralidade carbónica, temos de investir na ferrovia”, frisou.
A propósito da Linha de Leixões, Luísa Salgueiro defendeu que a Linha de Leixões deve continuar a funcionar não só para o transporte de mercadorias, mas também de passageiros, com uma nova reorganização das paragens para que estejam mais próximas dos locais onde a procura é maior.
A edil elogiou ainda a intenção de instalar em Guifões o Centro Tecnológico para a Ferrovia. “Depois da UPTEC e do CeiiA, este é terceiro laboratório colaborativo a instalar-se em Matosinhos”, acrescentou, lembrando o impacto que irá ter quer na criação de postos de trabalho quer no envolvimento com universidades, empresas, instituições e investigadores.
A cerimónia de reabertura da Oficina de Guifões contou ainda com a presença do Vice-presidente da Autarquia, Fernando Rocha, dos vereadores Ângela Miranda, António Correia Pinto, Valentim Campos, António Parada e José Pedro Rodrigues, dos administradores da MatosinhosHabit, Tiago Maia, e da Matosinhos Sport, Helena Vaz e Vasco Pinho, e do presidente da junta da união das freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Pedro Gonçalves.
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