Festival traz a Matosinhos nomes como Jorge Sampaio na sessão de abertura e ainda Gonçalo M. Tavares, o italiano Paolo Giordano ou o sul-coreano Kim Young-Ha.
O conflito não é apenas uma contenda, bélica ou não, entre elementos com interesses contrários. Pode muito bem ser o início de uma bela conversa que ilustre cabalmente a expressão segundo a qual “é a conversar que a gente se entende”. A edição de 2015 do festival Literatura em Viagem (LeV) far-se-á, de resto, de conversas e diálogos, ainda que o mote seja este ano dado pelo 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial e pelo modo como as várias formas de conflito podem ser aproveitadas e interpretadas pelas artes.
A Biblioteca Municipal Florbela Espanca volta a receber, entre 8 e 10 de maio, um dos mais importantes festivais literários do país, o qual, este ano, se estenderá a Lisboa no dia 11 para uma sessão na Fundação José Saramago. Com a conferência de abertura a cargo de Jorge Sampaio, no salão nobre dos paços do concelho, o LeV traz este ano a Matosinhos uma grande contingente de autores estrangeiros, entre os quais se destacam o italiano Paolo Giordano, o sul-coreano Kim Young-Há ou o polaco Artur Domoslawski, autor de uma polémica biografia sobre Ryszard Kapuściński, um dos mais afamados viajantes da escrita.
O escritor portuense Mário Cláudio será outros dos autores em foco nesta edição do LeV (e por isso objeto de uma entrevista-homenagem a cargo da jornalista Maria João Costa), enquanto o músico Luís Represas está convidado para uma conversa em torno das viagens que marcaram a sua carreira. Gonçalo M. Tavares, Francisco José Viegas, Rui Tavares, João Pereira Coutinho, Cătălin Dorian Florescu, Paloma Díaz-Mas, Tessa de Loo, Joel Neto, Llucia Ramis, Marc Pastor, Joan Miquel Oliver, Pedro Abrunhosa e Richard Zimler são outros dos nomes de um cartaz que conta ainda com sessões em escolas, lançamentos de livros, duas exposições e um concerto a cargo do Quarteto de Cordas de Matosinhos.