Visitas guiadas gratuitas nos dias 4 e 5 de julho nos municípios da Frente Atlântica.
Criado em 1992 por Victoria Thornton, o Open House nasceu em Londres com o objetivo primordial de promoção da arquitetura e património edificado, através de visitas guiadas gratuitas.
Ao longo dos anos, esta iniciativa original estendeu-se a outras cidades do mundo como Nova Iorque, Barcelona, Roma ou Buenos Aires. Em Portugal, Lisboa foi, em 2012, a primeira cidade portuguesa a acolher este evento. O sucesso de adesão do público na capital levou a Trienal de Arquitetura de Lisboa, a Casa da Arquitetura e os municípios da Frente Atlântica a apostar numa edição de carácter metropolitano nos dias 4 e 5 de julho.
O Porto é a 29º cidade da rede mundial da Open House escolhida para acolher o Open House, em 40 espaços dos três municípios da Frente Atlântica- Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos.
Para o efeito foi assinado hoje um protocolo na Casa da Arquitetura entre as várias entidades. O Diretor Executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, destacou o “momento de alegria” para a instituição pela concertação de várias entidades em torno deste evento.
Também Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, e Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Autarquia de Vila Nova de Gaia, salientaram o trabalho da Frente Atlântica e a necessidade de eventos que promovam a requalificação do território.
Por sua vez, o presidente da Câmara de Matosinhos afirmou que o Open House “é decisivo para olhar para o nosso território de perspetivas diferentes”. Guilherme Pinto defendeu que é preciso “tornar este território mais ameno para quem nos visita e para quem aqui vive”.
Para José Mateus, presidente da Trienal da Arquitetura de Lisboa, a “arquitetura do Porto é uma referência nacional e internacional”, e o Open House Porto permitirá “revelar a cidade aos cidadãos”.
O roteiro do Open House conjuga referências da cultura nacional e pequenas intervenções privadas, desde edifícios históricos até ícones premiados da arquitetura portuguesa premiada.
A primeira edição tem como comissário o arquiteto Pedro Bandeira e abrange cerca de 40 espaços de diferentes tipologias, como a Piscina das Marés, a Casa de Chá da Boa Nova, a Refinaria da Petrogal, a estação de metro Campo 24 de agosto, o Bairro da Bouça, o Funicular dos Guindais, o terraço do Edifício dos Paços do Concelho do Porto, a Casa do Conto, entre outros locais.
“O Open House favorece uma abordagem única de visita revelando espaços quotidianamente inacessíveis ao público proporcionando, simultaneamente, a construção de novas narrativas”, considera Pedro Bandeira.
O programa completo será apresentado no próximo dia 10 de junho. A cerimónia de assinatura do protocolo contou com a presença do Vereador da Cultura da Câmara de Matosinhos, Fernando Rocha, do Vereador da Cultura da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva, e do Vereador do Urbanismo da autarquia portuense, Manuel Correia Fernandes.