Pelo quinto ano consecutivo, Exponor volta a ser o centro das operações da prova automóvel
A edição de 2018 do WRC Vodafone Rally de Portugal gerou 138,3 milhões de euros na economia nacional.
Os dados foram hoje, apresentados por Fernando Perna, professor do Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, instituição que realizou o Estudo do Impacto do WRC Vodafone Rally de Portugal na Economia e Turismo em 2018.
A 52ª edição da prova, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal (ACP), voltou a contar com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos.
A apresentação decorreu, como tal, em Matosinhos, no Edifício dos Paços do Concelho, e contou com a presença do presidente do ACP, Carlos Barbosa, e de representantes das várias autarquias envolvidas no evento. Matosinhos fez-se representar pelo Vereador da Cultura, Fernando Rocha.
O estudo realizou-se ao longo dos quatro dias da prova (17 a 20 de maio) em oito locais distintos e abrangeu 1.104 entrevistas. Das pessoas auscultadas, 449 eram residentes nos distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo, 295 eram não residentes nacionais e 360 não residentes estrangeiros.
Em traços gerais, o estudo indica 45,7% das pessoas eram estrangeiras, a maioria de Espanha, mas também de França, países nórdicos, Itália e Alemanha. Dos nacionais, a grande maioria era das regiões centro e do norte do país.
O perfil do visitante revela que a maioria são homens, entre os 15 e os 44 anos, que se deslocam de automóvel (partilhado) e que, em média, permanecem três dias na região. Destaque ainda para o facto de 31,5% dos estrangeiros terem, pela primeira vez, visitado a região norte.
O clima, a paisagem e a hospitalidade da população são as características que mais destacam da região enquanto destino. Quanto à prova, salientam a espetacularidade, a organização, o cumprimento das regras de segurança pelo público e os cuidados ambientais.
8 em cada 10 adeptos classifica o destino como bom ou muito bom. 92,4% dos adeptos visitantes, independentemente da sua origem, expressaram intenção de regresso às regiões cobertas pelo Rally nos próximos três anos.
Relativamente ao impacto económico do evento, dos 138,3 milhões de euros gerados no ano passado, 72,9 milhões de euros dizem respeito a despesas diretas de adeptos, equipas e organização relacionadas com alimentação, alojamento e transportes.
Este valor representa um crescimento de 1,7 milhões de euros face a 2017. Para o Estado, o evento gerou, ao nível da receita fiscal bruta, mais de 20 milhões de euros em IVA e ISP.
Já as despesas indiretas, no valor de 65,4 milhões de euros, incluem as 1168 horas de cobertura que o Vodafone Rally de Portugal teve nos media em mercados como França, Finlândia, Bélgica, Polónia, Japão, Espanha, Suécia, Alemanha e República Checa.
À escola municipal, o impacto económico, nos 13 concelhos abrangidos pela competição, situa-se entre os 48 milhões e os 54 milhões de euros.
Pelo quinto ano consecutivo, a Exponor será o centro das operações do evento. “Para quem tem dúvidas sobre esta nossa aposta, este estudo é fundamental, pois demonstra porque tomámos esta opção. Este é o maior evento desportivo e turístico do país”, frisou o Vereador Fernando Rocha, justificando não só o apoio da autarquia a este evento como o surgimento da campanha de promoção turística “Matosinhos, World’s Best Fish” que se consolidou ao longo das últimas quatro edições do Vodafone Rally de Portugal.
O estudo hoje apresentado revelou ainda que, desde que o Rally de Portugal regressou ao mundial de ralis, em 2007, até 2018, 1.173 milhões de euros foram gerados para a economia portuguesa.
A próxima edição do Rally de Portugal decorrerá de 30 de maio a 2 de junho, e apresentará muitas novidades, entre as quais várias etapas no centro do país.
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