15.ª edição celebrou Sophia de Mello Breyner, Jorge de Sena e Florbela Espanca
No ano em que se assinalam os cem anos do nascimento de Sophia de Mello Breyner e Jorge de Sena e o 125.º aniversário de Florbela Espanca, a Festa da Poesia regressou a Matosinhos de 6 a 8 de dezembro. A Biblioteca Municipal Florbela Espanca acolheu esta 15.ª edição que contou com a presença de Edite Estrela, Irene Flunser Pimentel, Capicua e Samuel Úria.
Foram três dias de programação com mesas de debate, workshops e espetáculos com o objetivo de evocar dois poetas fundamentais do séc. XX. Capicua, Samuel Úria e Isabel Nery, autora da biografia de Sophia de Mello Breyner, juntaram-se para conversar sobre a importância da poesia na luta pela liberdade, partindo dos exemplos de vida de Sophia e Jorge de Sena. E porque o mar é um assunto inesgotável, Rui Spranger conduziu um workshop intitulado «As imagens do mar» com o principal intuito de perceber como se trabalha a imagética do oceano sem cair em lugares comuns.
Num tempo em que a liberdade voltou a ser ameaçada, tornou-se imperativo pensar no lugar da Poesia neste contexto, tendo havido lugar para um workshop designado «As metáforas da Liberdade», um momento que contou com a participação do poeta José Rui Teixeira.
No dia 8 de dezembro, a Festa da Poesia recomeçou dedicada à anfitriã que acolhe esta festa, Florbela Espanca, com um debate intitulado «Florbela, um destino amargo», que contou com a participação de Edite Estrela e Irene Flunser Pimentel, conversando sobre a marca indelével que a poetisa deixou na literatura portuguesa.
A iniciativa da Câmara Municipal de Matosinhos contou ainda com um momento de fado, em que se deu voz aos versos de alguns dos mais importantes poetas portugueses. E porque a poesia é para todos, este ano decorreu o workshop do azulejo que teve como pano de fundo os dois homenageados, com a finalidade de produzir séries de azulejos alusivos aos autores e que os participantes puderam levar para casa. Uma oficina conduzida por Joana Abreu, responsável pelo projeto «Preencher vazios».
A Festa da Poesia reforçou, pela 15.ª vez, a importância e o valor da poesia num mundo onde são precisos, com urgência, poemas e poetas. No ano em que celebramos o centenário de Sophia e Jorge de Sena, impõe-se o verbo «recordar», não como pretexto, mas como necessidade.
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