Tributo e evocação da vida e obra
A Câmara Municipal de Matosinhos apresenta ‘Centenário de Sophia de Mello Breyner Andresen – Tributo e evocação da vida e obra’, iniciativa que se realiza no dia 16 de novembro, na Biblioteca Municipal Florbela Espanca, e que se destina a homenagear uma das mais importantes escritoras portuguesas da contemporaneidade, por ocasião da comemoração do centenário do seu nascimento.
A iniciativa tem o seu início na manhã de sábado, dia 16, pelas 10h, com o “Laboratório Poético” - oficina de poesia performativa criada no âmbito do Plano Municipal de Leitura (PML) de Matosinhos - dedicado à obra de Sophia de Mello Breyner Andresen, onde os participantes poderão adquirir e desenvolver técnicas de colocação de voz e de leitura pública, e mais tarde, pelas 15h25, integrar a sessão de mais uma “Poesia Maldita”, iniciativa que no âmbito do PML, tem levado o assombro das palavras a lugares inusitados do concelho. A participação no Laboratório Poético é gratuita e limitada ao número existente de vagas, com inscrição obrigatória. A inscrição pode ser feita através do link: https://forms.gle/yevrChrQFsN5RFBx8
A tarde fecha, pelas 15h30, em conversa com a escritora Alice Vieira, o jornalista Hélder Gomes e o diseur e divulgador de poesia, Isaque Ferreira, em mais um “Encontro com autores na cidade”, dedicada à primeira portuguesa a receber o Prémio Camões e a única mulher escritora com honras de Panteão Nacional.
A entrada é livre e gratuita.
Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro 1919 no Porto, onde passou a infância. Em 1939-1940 estudou Filologia Clássica na Universidade de Lisboa. Publicou os primeiros versos em 1940, nos Cadernos de Poesia. Além da literatura infantil, Sophia escreveu também contos, artigos, ensaios e teatro. Traduziu Eurípedes, Shakespeare, Claudel, Dante e, para o francês, alguns poetas portugueses.
Em termos cívicos, a escritora caracterizou-se por uma atitude interventiva, tendo denunciado ativamente o regime salazarista e os seus seguidores. Apoiou a candidatura do general Humberto Delgado e fez parte dos movimentos católicos contra o antigo regime, tendo sido um dos subscritores da "Carta dos 101 Católicos" contra a guerra colonial e o apoio da Igreja Católica à política de Salazar. Foi ainda fundadora e membro da Comissão Nacional de Apoio aos Presos Políticos. Após o 25 de Abril, foi eleita para a Assembleia Constituinte, em 1975, pelo círculo do Porto, numa lista do Partido Socialista. Foi também público o seu apoio à independência de Timor-Leste, consagrada em 2002.
A sua obra está traduzida em várias línguas e foi várias vezes premiada, tendo recebido, entre outros, o Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Prémio Rainha Sofia de Poesia Ibero-Americana – a primeira vez que um português venceu este prestigiado galardão. Com uma linguagem poética quase transparente e íntima, ao mesmo tempo ancorada nos antigos mitos clássicos, Sophia evoca nos seus versos os objetos, as coisas, os seres, os tempos, os mares, os dias.
Faleceu a 2 de julho de 2004, em Lisboa. Dez anos depois, em 2014, foram-lhe concedidas honras de Estado e os seus restos mortais foram trasladados para o Panteão Nacional.
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