Olhando o Céu e as Estrelas no Monte de S. Brás, com Joel Cleto e Miguel Gonçalves
A sessão inaugural do ciclo “Conversas sob as Estrelas”, programada para este ano, realizou-se ao final da tarde de ontem, 3 de novembro, tendo por cenário o Monte de S. Brás e a Capela de Nª Sª do Livramento e de S. Brás.
A sessão, conduzida por Joel Cleto, teve como convidado Miguel Gonçalves, conhecido divulgador de Ciência e de temas relacionados com a Astronomia. Miguel Gonçalves tem participado regularmente em atividades promovidas pela Câmara Municipal de Matosinhos, nomeadamente o MUCÉU (Dia da Ciência, Noite das Estrelas) que se tem realizado regularmente no Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira.
Apesar de ontem as condições atmosféricas não estarem favoráveis para a observação de estrelas, devido ao excesso de nebulosidade, o Monte de S. Brás ainda é um dos poucos lugares do concelho de Matosinhos onde é possível fazer uma observação detalhada do céu devido à sua altitude e ao facto de a “poluição luminosa” ser aqui relativamente reduzida.
Esta sessão das “Conversas sob as Estrelas” contou com a presença de cerca de cinco dezenas participantes que seguiram atentamente as intervenções de Joel Cleto e de Miguel Gonçalves, sobre a importância que a observação dos corpos celestes representou para a humanidade, em várias épocas e culturas.
Na primeira parte da sessão foi realizada uma visita à enigmática estátua conhecida como o “Homem da Maça” e do Leão que a acompanha, que desde tempos remotos suscita curiosidade de numerosos historiadores, desde Rocha Peixoto até José Saramago, que se refere longamente a ela no seu livro “Viagem em Portugal”. Sobre esta estátua teceram-se várias lendas populares e tentativas de interpretação histórica e arqueológica que Joel Cleto explicou detalhadamente.
O programa prosseguiu, na capela dedicada a São Brás e a Nossa Senhora do Livramento, com a conversa entre Joel Cleto e Miguel Gonçalves, dedicada à importância que a observação astronómica teve para as diversas culturas, ao longo dos tempos, patentes nas numerosas narrativas mitológicas que foram sendo construídas para explicar a formação e a ordem do universo. Como salientou no final Miguel Gonçalves, “as estrelas podem ser consideradas os nossos mais remotos antepassados porque é a da poeira que as estrelas lançam sobre a atmosfera terrestre que surgem os átomos dos componentes essenciais que formaram a vida na terra”.
As Conversas sob Estrelas prosseguirão no dia 10 de novembro, pelas 18h00, com uma visita ao Cemitério Paroquial de Leça do Balio, com Joel Cleto e o Doutor Francisco Queirós, investigador em História e Arte Funerária Oitocentista.
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