Pela primeira vez foi distinguida uma candidatura em co-autoria
Os arquitetos Pedro Bragança, Filipa de Castro Guerreiro e Carla Garrido de Oliveira, investigadores da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, são os vencedores da 14.ª edição do Prémio Fernando Távora.
Este ano, o júri foi presidido pelo músico Miguel Guedes e foi constituído pelas arquitetas Conceição Melo (nomeada pela Casa da Arquitectura) e Cláudia Antunes (em representação da Ordem dos Arquitectos Secção Regional do Norte- OASRN), pelo arquiteto António Belém Lima e por José Bernardo Távora Sequeira Pinto, em representação da família de Fernando Távora.
A escolha do júri recaiu sobre a proposta "Viagem pela viagem de Duarte d'Armas, perspetivas presentes de territórios limiares", tendo por mote o percurso e as gravuras de Duarte d'Armas, realizadas no território português, no início do século XVI, a pedido do rei D. Manuel I.
Carla Garrido de Oliveira é professora de História da Arquitectura Portuguesa na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), doutorada em 2016 com a tese "A Nossa Casa: Proposta de uma reforma moderna para a arquitetura portuguesa. 1890-1933, Trânsitos europeus na obra de Raul Lino".
Filipa de Castro Guerreio é docente de Projeto 1, também na FAUP, doutorada em 2016 com a tese "Colónias Agrícolas Portuguesas construídas pela Junta de Colonização Interna entre 1936 e 1960. A casa, o assentamento e o território".
Pedro Bragança é mestre em Arquitetura, investigador no ATPH e bolseiro da Fundação da Ciência e Tecnologia. Sob a coordenação de Marta Oliveira, efetua um projeto de investigação sobre o volume IV do Guia de Portugal (Fundação Calouste Gulbenkian), em parceria com a Midas Filmes e o realizador João Canijo.
A cerimónia do Prémio Fernando Távora decorreu ontem no Salão Nobre dos Paços do Concelho, nas comemorações do Dia Mundial da Arquitectura e contou com a presença do Vereador da Cultura, Fernando Rocha.
Instituído em 2005, o Prémio Fernando Távora visa "perpetuar a memória do arquiteto” Fernando Távora, "valorizando a importante contribuição da viagem e do contacto direto com outras realidades, na formação da cultura do arquiteto".
Organizado pela OASRN em parceria com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Casa da Arquitectura, o Prémio Távora consiste na atribuição de uma bolsa de viagem no valor de 6.000 euros para a melhor proposta de viagem de investigação apresentada.
Lançado em 2005, o prémio distinguiu até agora os arquitetos André Tavares, Nélson Mota, Sílvia Benedito, Maria Moita, Cristina Salvador, Armando Rabaço, Marta Pedro, Paulo Moreira, Sidh Mendiratta, Susana Ventura, Maria Neto, Eliana Sousa Santos e Isa Clara Neves.
Aliás, o anúncio do vencedor foi antecedido pela conferência "História da cultura computacional na arquitectura. Entre Europa e Estados Unidos da América" proferida pela vencedora do ano passado.
Partindo da viagem realizada por Fernando Távora aos E.U.A. em 1960 para tomar conhecimento das pedagogias norte-americanas, aplicando-as ao sistema de ensino de arquitetura em Portugal, Isa Clara Neves viajou entre a Europa e os E.U.A. para recolher informação sobre diferentes contextos de utilização de tecnologias computacionais na prática profissional e na metodologia de ensino/investigação, construindo uma visão histórica e crítica da influência das novas tecnologias na disciplina.
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