Apresentação do livro-catálogo decorreu na Quinta da China, no Porto
A celebração dos 150 anos do nascimento de Aurélia de Sousa em Valparaíso, no Chile, a 13 de junho de 1866, juntou Matosinhos e Porto numa ação conjunta que visou homenagear a obra daquela que é uma das mais importantes pintoras portuguesas de todos os tempos.
No âmbito da homenagem preparada pelas duas autarquias, foi apresentado o livro- catálogo “Aurélia de Sousa, mulher artista (1866 – 1922)”, no dia 29 de outubro, na Quinta da China, no Porto, numa ação que marcou o encerramento da exposição com o mesmo nome.
O livro, sob chancela da editora Tinta da China, retrata a vida e obra de Aurélia de Sousa, pintora e fotógrafa portuguesa. Teve a coordenação da historiadora de arte Filipa Lowndes Vicente, que comissariou também a exposição com que a Câmara do Porto e de Matosinhos quiseram assinalar o 150.º aniversário da artista.
Durante a apresentação do livro foi destacada a obra pictórica e fotográfica de Aurélia de Sousa. Uma abordagem histórica da artista e do seu contexto de vida constitui o elo comum entre a exposição e o livro agora lançado.
A iniciativa contou com a presença do Vereador da Cultura da Câmara de Matosinhos, Fernando Rocha, e do Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.
De referir que a exposição “Aurélia, mulher artista” decorreu em dois polos, em Matosinhos, no Museu da Quinta de Santiago, e no Porto, na Casa Museu Marta Ortigão Sampaio.
Resultado de uma parceria estabelecida entre as câmaras municipais do Porto e de Matosinhos, a exposição foi comissariada por Filipa Lowndes Vicente e esteve aberta ao público até 30 de outubro, constituindo um dos pontos altos da programação de Matosinhos, Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016.
A obra pictórica e fotográfica de Aurélia de Sousa foi mostrada em dois núcleos temáticos: no Porto privilegiou-se a figura humana, os retratos e autorretratos, as cenas familiares e de rua; em Matosinhos puderam ser vistas as obras dedicadas à natureza, nomeadamente as naturezas mortas e as paisagens. Uma abordagem histórica da artista e do seu contexto de vida constituiu o elo comum a ambos os espaços, reforçando a identidade portuense de Aurélia, mas também o estatuto de artista nacional e internacional, inserida numa historiografia cada vez mais atenta às muitas mulheres que, em todo o mundo, se dedicaram profissionalmente à pintura na transição do século XIX para o XX.